A diabetes não gera apenas uma alteração nos níveis de glicose no sangue. A doença também causa reflexos em vários aspectos da saúde, inclusive nos olhos. Estou falando de uma condição chamada de “retinopatia diabética”.
Trata-se de um problema que, em razão do açúcar concentrado no sangue, causa lesões nos pequenos vasos sanguíneos da retina, seja com o rompimento dessas estruturas ou com a dilatação. Dessa forma podem ocorrer hemorragias, isquemias (diminuição do fluxo de sangue), descolamento da retina e outras sequelas graves, com o risco de levar o paciente à cegueira.
Portanto, pelo grau de seriedade da retinopatia diabética, preparei este material para explicar tudo sobre o assunto. Confira!
O que é retina?
Primeiramente, não posso deixar de explicar o que é a retina, que já mencionei anteriormente. Então, saiba que ela é uma membrana nervosa fina e transparente, que fica na parte de trás dos olhos.
Nessa estrutura, temos muitas células fotorreceptoras. A função delas é captar a luz e, por meio do nervo óptico, levá-la ao cérebro, a fim de formar a visão.
Os tipos de retinopatia diabética
A retinopatia diabética pode se apresentar em duas versões: a primeira é nomeada de “exsudativa” ou “não-proliferativa”. É o estágio inicial e ainda menos grave. Nessa situação, podem ocorrer as hemorragias, que afetam a mácula, a parte central da retina.
O segundo tipo da doença é a proliferativa, considerada a fase avançada. Há o surgimento de novos vasos sanguíneos (neovasos), que são mais frágeis e suscetíveis às hemorragias. Assim, há o risco de descolamento da retina e perda da visão.
A doença afeta cerca de 150 mil brasileiros por ano, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Já a Sociedade Brasileira de Diabetes afirma que é a primeira causa de cegueira entre pessoas de 20 a 74 anos. Portanto, todo cuidado é pouco.
Atenção aos sintomas
É importante ter atenção aos sinais que podem aparecer aos poucos, mas que indicam algo estranho na retina:
–manchas na visão, como pontos escuros flutuando;
–visão embaçada;
-perdas repentinas na visão;
-alteração na percepção de cores;
-visão dupla.
Vale ressaltar também que a diabetes é considerada uma “doença silenciosa”, ou seja, que nem sempre apresenta sintomas. Por isso, todos nós devemos realizar check-ups médicos periódicos, com o objetivo de verificar como estão as nossas taxas de glicose.
Além disso, quando perceber qualquer alteração na visão, por menor que seja o incômodo, é essencial buscar o médico oftalmologista.
Os tratamentos para a retinopatia diabética
Infelizmente, a retinopatia diabética não possui uma cura definitiva. Todavia, podemos preveni-la com o controle da diabetes, mas, caso mesmo assim o problema ocular apareça, colocamos em prática alguns tratamentos oftalmológicos.
Temos, por exemplo, um procedimento a laser, que evita a formação de novos vasos sanguíneos na retina. Também existem injeções que visam tratar possíveis lesões na mácula.
Por fim, em casos avançados, podemos utilizar técnicas cirúrgicas para remover sangue e tecidos cicatriciais da retina.
O importante é não deixar os cuidados para depois e, como mencionei antes, procurar o oftalmologista em caso de qualquer alteração ocular.
Você está precisando de ajuda? Entre em contato e marque uma consulta.